domingo, 3 de abril de 2011

Desamor

Boa noite pessoal!

Acabei de lembrar dessa música e logo pensei em postar pra vocês.
A postagem de hoje tem um "sabor" especial porque boto mão no fogo que dessa vez peguei vocês e que ninguém conhece esse dueto muito menos essa música, acertei??
Ele é Santiago Lamagni, ela Andrea Rico e juntos formam o dueto Santiago y Andrea, cujo barato é a trova e a música latino-americana.

Pessoalmente, quando ouvi eles pela primeira vez tive a sensação de encher os pulomes de uma coisa nova. Ou várias, aliás: a música, a escolha do repertório, o estilo relaxado e descontraído deles e os lugares gostosos e aconchegantes onde eles fazem sua arte acontecer. É muito bom!

Então, com e para vocês essa música intensa dos meus coterrâneos dos quais muito me orgulho.

Besos a todos!





Desamor- Desamor

¿Qué mar hay que cruzar Qual mar tem que atravessar
por ver de nuevo tu orilla? pra ner novamente sua beira?
¿Y volver a sentir E tornar a sentir
en mi pecho tus costillas? no meu peito suas costelas?
Como estacas de papel Feito estacas de papel

Amarla no alcanzó Amar ela não foi suficiente
no fue como en las canciones Não foi que nem nas cançoes
Ya te llegará mi voz Logo vai lhe chegar a minha voz
pero sin que te emociones Mas sem lhe emocionar
Ya extraño mi color Já é estranha a minha cor
ya me olvido de tu olor já me esqueço do seu cheiro
Ahora vives desamor Agora vive, desamor
Y hoy no duele ver morir E hoje nem dói ver morrer
otro árbol outra árvore

Si no hay buena luz atrás Se não tiver boa luz atrás
hoy mi alma está en otoño hoje minha alma está em outono
Era bueno verte ir Era bom ver você ir embora
comprendiendo tu retorno compreendendo o seu retorno
Hoy no hay eco para mí Hoje não tem eco para mim

Ya no hay cines, ni café, Não tem mais cinema, nem café,
ni seriedad, ni cuerdos nem seriedade, nem lúcidos
Y a pesar de mi insistir E apesar da minha insistência
hoy tu voz se hace recuerdo hoje sua voz vira lembrança
que no quiere perdurar que não quer perdurar
Hoy no te puedo curar Hoje não posso curar você
Sólo sientes desamor Você só sente desamor
Tus caídas no sufrí a tiempo Suas caídas eu não sofri a tempo

Desgana vino a ser A apatia veio a ser
cualidad de lo que vino a qualidade do que veio
Por no saber estar Por não saber ficar
al no-borde del camino à não- beira do caminho
El poeta supo más O poeta soube mais

¿Y ahora quién renegará E agora quem vai reclamar
por mis quince pelas minhas quinze
manchas negras? manchas pretas?
De pasado a sueño iré De passado a sonho irei
pero sin que te detengas mas sem que você me detenha
Pues ya no ves más por mí Pois você não vê mais por mim
Te levantas, yo caí Você levanta, eu cai
pues viví tu desamor pois vivi o seu desamor

Dice Pedro en su canción Diz o Pedro na sua canção
Si te vas, ¿qué va a ser de mí? Se você for, o que será de mim?
Ni voz, ni mar, Nem voz, nem mar,
ni más, ni adiós nem mais, nem adeus
Ni tu voz en mi contestador Nem a sua voz no meu contestador
¿Quién te dirá que te escribí? Quem lhe dirá que eu lhe escrevi?
Cuando escribir no es ni mejor Quando escrever não é nem melhor
Ni siete veces sí, Nem sete vezes sim,
ni siete veces no Nem sete vezes não
Ni lluvia, ni cuadro, ni Amelie Nem chuva, nem quadro, nem Amelie
Hoy me amanece sin color Hoje amanhece sem cor pra mim

Y ahora que mi aire sos vos E agora que o meu ar é você
vos estás en desamor você está em desamor

martes, 22 de marzo de 2011

Hoy ten miedo de mí


Acho que uma das sensaçoes mais gostosas com música é quando produz aquela eletricidade na barriga. Há bastante que não acontecia isso comigo, até "Hoy ten miedo de mí". O engraçado nesse caso, é que conheço essa canção há muito tempo mas só agora que bate desse jeito!

Com essa letra de tom proibido e armada até os dentes de desejo, o maxicano Fernando Delgadillo é o protagonista da escolha da vez.

Espero que curtam!

Besos






HOY TEN MIEDO DE MÍ- HOJE TENHA MEDO DE MIM


Hoy que llevo en la boca Hoje que levo na boca
el sabor a vencido o sabor a vencido
Procura tener Procure ter
a la mano un amigo um amigo por perto
Que cuide tu frente y tu voz Que cuide do seu frente e a sua voz
Y que cuide de ti, E que cuide de você
y para ti tus vestidos e pra você seus vestidos
Y a tus pensamientos E aos seus pensamentos
mantenlos atentos mantenha-os atentos
Y a mano tu amigo E por perto o seu amigo

La importancia de verte
A importância de ver
Morderte los labios Você mordendo os lábios
De preocupación De preocupação
Es hoy tan necesaria É hoje tão necessária
Como verte siempre Como ver você sempre
Como andar siguiéndote Como andar lhe seguindo
con la cabeza com a cabeça
En la imaginación Na imaginação

Porque ¿sabes? Porque, sabe?
y si no lo sabes no importa e se não souber não importa
Yo sé lo que siento Eu sei o que eu sinto
yo sé lo que cortan eu sei o que cortam
Después unos labios Depois uns lábios
Esos labios rojos y afilados Esses lábios vermelhos e afiados
Y estos puños E esses punhos
que tiemblan de rabia que tremem de raiva
Cuando estás contenta Quando você está contente
Que tiemblan de muerte Que tremem de morte
Si alguien se te acercara a ti Se alguém chegar perto de você

Hoy procura que aquella ventana
Hoje cuide que aquela janela
Que mira a la calle en tu cuarto Que olha pra rua no seu quarto
se tenga cerrada fique fechada
Porque no vaya ser yo Porque não vá que seja eu
el viento de la noche o vento da noite
Y te mida E lhe meça
y recorra la piel con mi aliento e percorra sua pele com meu fôlego
Y hasta te acaricie y te deje dormir E até lhe acaricie e lhe deixe dormir
Y me meta en tu pecho E me enfie no seu peito
y me vuelva a salir e torne a sair
Y respires de mí E você respire de mim
O me vuelva una estrella Ou que eu vire uma estrela
y te estreche en mis rayos e aperte você nos meus raios
Y todo por no hacerme un poco de caso E tudo por não ligar pra mim
Ten miedo de mayo Tenha medo de maio
Y ten miedo de mí E tenha medo de mim

Porque no vaya a ser
Porque não vá
que cansado de verte que cansado de lhe ver
Me meta en tus brazos para poseerte Me enfie nos seus braços pra lhe possuir
Y te arranque las ropas E rasgue suas roupas
y te bese los pies e lhe beije os pés
Y te llame mi diosa E lhe chame de minha deusa
y no pueda mirarte de frente e nem consiga olhar pra você de frente
Y te diga llorando después E lhe diga chorando depois
Por favor tenme miedo Por favor tenha medo de mim
Tiembla mucho de miedo mujer Trema muito de medo, mulher
Porque no puede ser Porque não pode ser

domingo, 12 de diciembre de 2010

Cinco siglos igual


Ouçam só que maravilha de letra e interpretação.
A primeira é de León Gieco e a segunda de Gustavo Santaolalla.

Ouçam...

Bom domingo!



Cinco siglos igual Cinco séculos igual

Soledad sobre ruinas Solidão sobre ruínas
Sangre en el trigo Sangue no trigo
Rojo y amarillo Vermelho e amarelo
Manantial del veneno Fonte do veneno
Escudo, heridas Escudo, feridas
Cinco siglos igual. Cinco séculos igual

Libertad sin galope Liberdade sem galope
Banderas rotas Bandeiras quebradas
Soberbia y mentiras Soberba e mentiras
Medallas de oro y plata Medalhas de ouro e prata
Contra esperanza Contra a esperança
Cinco siglos igual. Cinco séculos igual.

En esta parte de la tierra Nesta parte da terra
La historia se cayó A história caiu

Como se caen las piedras Como caem as pedras
Aún las que tocan el cielo Ainda as que encostam no céu
O están cerca del sol Ou estão perto do sol
O están cerca del sol. Ou estão perto do sol.

Desamor, desencuentro Desamor, desencontro
Perdón y olvido Perdão e esquecimento
Cuerpo con mineral Corpo com mineral
Pueblos trabajadores Povos trabalhadores
Infancias pobres Infâncias pobres

Cinco siglos igual. Cinco séculos igual.

Lealtad sobre tumbas Lealdade sobre túmulos
Piedra sagrada Pedra sagrada
Dios no alcanzó a llorar Deus não chegou a chorar
Sueño largo del mal Sonho longo do mal
Hijos de nadie Filhos de ninguém
Cinco siglos igual. Cinco séculos igual.

En esta parte de la tierra Nesta parte da terra
La historia se cayó A história caiu
Como se caen las piedras Como caem es pedras
Aún las que tocan el cielo Ainda as que encostam no céu
O están cerca del sol Ou estão perto do sol
O están cerca del sol. Ou estão perto do sol.

Muerte contra la vida Morte contra a vida
Gloria de un pueblo desaparecido Glória dum povo desaparecido
Es comienzo, es final É começo, é final
Leyenda perdida Lenda perdida
Cinco siglos igual. Cinco séculos igual.

Es tinieblas con flores É trevas com flores
Revoluciones Revoluçoes
E aunque muchos no están E embora muitos não estejam
Nunca nadie pensó besarte los pies Nunca ninguém pensou em lhe beijar os pés
Cinco siglos igual. Cinco séculos igual.

Cinco siglos igual. Cinco séculos igual.

lunes, 29 de noviembre de 2010

El viento trae una copla

Às vezes duvido se tem coisa mais intensa do que música ao vivo. E umas músicas mais do que outras, claro!

Sábado fui num bar e começou tocar essa canção. Há um tempão que não ouvia ela, e fato que ainda fico impressionada como todos vibram ao canta-la.

Essa canção é do disco "Testosterona" da Bersuit Vergarabat. Lembro que na época do lançamento, a banda tinha a entrada proibida em Salta por terem protestado no palco contra do -naquele momento- governador que estava vendendo milhares de hectares de florestas nativas para estrangeiros cultivarem, principalmente, soja.

Por conta disso, com mais três amigos e um carro que não inspirava muita confiança, fomos assistir o show em Jujuy (ainda mais ao norte da Argentina).
Gente, poucas vezes vi TANTA energia numa música só. O pessoal foi à loucura mesmo!!

"Testosterona", é do ano 2.005, mas acredito que a letra faz alusão à crise argentina do ano 2.001 e fala das pessoas que tiveram que sair do pais por conta dela.

Enfim, ouçam e me digam o que acharam!

Besos para todos







El viento trae una copla O vento traz uma quadra

El viento trae una copla O vento traz uma quadra
recuerdos de huracán Lembranças do furacão
que un día me partió un ala Que um dia me quebrou uma asa
y me hizo caer E me fez cair
hasta que me arrastré Até aqui me arrastei

Nuestra bandera flameaba Nossa bandeira ondeava
en medio del temporal No meio do temporal
Del norte el frío mataba Do norte o frio matava
se hizo dura la piel A pele endureceu
el terror fue la ley O terror foi a lei

Y no olvidé nada E não me esqueci de nada
que plantamos ilusión Que semeamos ilusão
en la pampa mojada Na pampa molhada
que sudaba, como yo Que suava, como eu
inevitable ausencia Inevitável ausência
Y no me saqué el anillo E não tirei o anel
ni el cielo, la Cruz del Sur Nem o céu a Cruz do Sul
ni mi titilar de grillo Nem o meu tremeluzir de grilo
que por las noches canta Que nas noites canta
porque extraña a su amor Porque sente saudade do seu amor
Y sigo lavando copas E eu continuo a lavar taças
de gente mejor que yo De pessoas melhores do que eu
si puedo, bebo las sobras Se der, bebo o desperdício
el mezcladito me enciende A mistura me acende

Y me pongo loco E fico louco
fantaseo con el mar Fantaseio com o mar
de irme nadando De ir nadando
de volverte a tocar E te tocar novamente
Y me pongo manco E fico maneta
manos de inutilidad Mãos de inutilidade
dejé allá mi sangre Lá deixei o meu sangue
y hoy me tengo que inventar E hoje preciso me inventar
Si soy argentino Se sou argentino


jueves, 4 de noviembre de 2010

Samba em preludio- por Memento

Hola Gente!!
Queria apresentar nosso mais novo colaborador, Memento de Santa Fé- Argentina. Ele que me enviou esse video que é uma verdadeira pérola musical, com tradução em vídeo feita por ele.

Para quem curte não apenas as cançoes, mas as histórias que estão por detrás, não percam!!

Valeu Memento!
Muchas gracias!!



Samba em prelúdio Samba en preludio
Eu sem você não tenho por quê Yo sin vos no tengo por qué
Porque sem você não sei nem chorar Porque sin vos no sé ni llorar
Sou chama sem luz Soy llama sin luz
Jardim sem luar Jardín sin luz de luna
Luar sem amor Luz de luna sin amor
Amor sem se dar Amor sin entrega
E eu sem você sou só desamor Yo sin vos soy sólo desamor
Um barco sem mar Un barco sin mar
Um campo sem flor Un campo sin flor
Tristeza que vai Tristeza que vá
Tristeza que vem Tristeza que viene
Sem você meu amor eu não sou ninguém Sin vos mi amor, yo no soy nadie
(Agora a parte da mulher) (Ahora la parte de la mujer)
Ah, que saudade Ah, qué nostalgia
Que vontade de ver renascer nossa vida Qué ganas de ver renacer nuestra vida
Volta querido Vuelve querido
Teus abraços precisam do meus Tus abrazos necesitan de los míos
Os meus braços precisam dos teus Mis brazos necesitan de los tuyos
Estou tão sozinho Estoy tan solo
Tenho os olhos cansados de olhar Tengo los ojos cansados de mirar
para o além al más allá
Vem ver a vida Ven a ver la vida
Sem você meu amor Sin vos mi amor
Eu não sou ninguém Yo no soy nadie
Sem você, meu Poeta Sin vos, mi Poeta
eu não sou ninguém yo no soy nadie
Sem você, meu Vinícius Sin vos, Vinícius
eu não sou ninguém yo no soy nadie

sábado, 16 de octubre de 2010

Una canción diferente


Não curto reality shows, nem quando eles tratam sobre música. Aliás, não curto especialmente esses! Acho que estão tão cheios de clichês, é tudo tão plástico e comercial, né?

Essa é, pra mim, uma boa exceção à regra. Acho que as vozes e a interpretação combinam muito bem com essa canção que, por sinal, é uma das minhas prediletas da Celeste Carballo.

Ouçam e me digam se concordam!

Besos de buen finde!!






Una canción diferente- Uma canção diferente
(Celeste Carballo)

Dame amor Me dê amor
Dame tu corazón Me dê seu coração
Dame tiempo para respirar Me dê tempo pra respirar
Está muriéndose el sol Que o sol está morrendo
Dame música para crear Me dê música para criar
Una nueva canción Uma nova canção

Se abren espacios Se abrem espaços
En el medio de la jungla No meio do mato
Son nuestras voces São as nossas vozes
Que se escuchan, juntas Que se escutam juntas

Dame amor Me dê amor
Que estoy de muy mal humor Que estou de muito mau humor
Me revolqué por la realidad Derrubei-me na realidade
Y ahora estoy destruída E agora estou destruída
Necesito tu amor Preciso do seu amor
Ya no me aguanto Já não aguento
Una mentira más Mais uma mentira
Yo con mi cuerpo de mujer Eu com o meu corpo de mulher
Te voy a dar la verdad Vou te dar a verdade

Si todo el mundo Se o mundo todo
Vive haciéndonos la guerra Vive a nos fazer a guerra
Yo necesito, amor Eu preciso, amor
Que me des tu paz Que me dê a sua paz
Necesito arrancar Preciso arrancar
Todo lo que me hiera Tudo que me fere
Necesito, amor Eu preciso, amor
Necesito más, más libertad Preciso mais, mais liberdade
Más libertad Mais liberdade

Correção tradução: Angélica Vargas

viernes, 24 de septiembre de 2010

O último pôr- do-sol

Gracias Angel!


O Último Pôr-do-sol El último atardecer
Composição: Lenine

A onda ainda quebra na praia La ola todavía rompe en la playa
Espumas se misturam com o vento Espumas se mezclan con el viento
No dia em que ocê foi embora El día que te fuiste
Eu fiquei sentindo saudades do que não foi Quedé hechando de menos lo que no fue
Lembrando até do que eu não vivi Recordando hasta lo que no viví
pensando nós dois Pensando en nosotros dos
Eu lembro a concha em seu ouvido Recuerdo el caracol en tu oído
Trazendo o barulho do mar na areia Trayendo el sonido del mar en la arena
No dia em que ocê foi embora El día que te fuiste
Eu fiquei sozinho olhando o sol morrer Me quedé solo viendo al sol morir
Por entre as ruínas de Santa Cruz Entre las ruinas de Santa Cruz
Lembrando nós dois Recordando a nosotros dos
Os edifícios abandonados Los edificios abandonados
As estradas sem ninguém Los caminos sin nadie
Óleo queimado Aceite quemado
as vigas na areia Las vigas en la arena
A lua nascendo por entre La luna naciendo entre
os fios dos teus cabelos Los hilos de tu cabello
Por entre os dedos da minha mão Entre los dedos de mi mano
passaram certezas e dúvidas Pasaron seguridades y dudas

Pois no dia em que ocê foi embora Pues el día que te fuiste
Eu fiquei sozinho no mundo Quedé solo en el mundo
sem ter ninguém Sin tener a nadie
O último homem no dia El último hombre en el día
em que o sol morreu En que el sol murió

miércoles, 1 de septiembre de 2010

Alfonsina y el mar..


Tem obras que merecem ser conhecidas, não acham?

Da minha parte, fico sinceramente emocionada quando vejo como música consegue ir mais além das fronteiras sejam elas geográficas, lingüísticas, culturais. Tanto faz. A emoção, o sentimento que ela transmite é único -como diria a Rita Lee- "aqui, ali, em qualquer lugar.."

Ouvi várias versoes desse clássico da música argentina e sem dúvida, pra mim, essa é uma das mais lindas e tocantes. Mesmo porque a própria Alfonsina, é a única protagonista.
Tanto Ivan Lins que no piano tem a capacidade de atingir as fibras mais íntimas da alma da gente, quanto Zizi Possi com essa enorme delicadeza como marca registrada, encontraram o equilíbrio perfeito para dar nova roupagem a essa música tão densa e forte.

Muitos já devem conhecer a história dessa música, mas caso tenha algúm `distraído´ por aqui vou contar um pouquinho: essa música foi composta por Félix Luna e Ariel Ramírez pra poetisa argentina Alfonsina Storni, que em 1938 suicidou-se pulando dum quebra-mar, numa praia perto de Mar del Plata- Buenos Aires.

Lendo um pouco, soube que Alfonsina Storni e Ariel Ramírez nunca se conheceram poessoalmente; porém a poetisa tinha sido aluna do pai do compositor, quem contou pro filho os dramas dela. Impressionado com essas histórias e tempo depois, com a própria obra da Storni, Ramírez criou a música e deu pra Luna fazer a letra.

Certeza. Tem obras que merecem ser conhecidas.

Essa postagem vai com muuuuito carinho pro Robert: feliz año nuevo querido!!!





Alfonsina y el mar- Alfonsina e o mar
(Félix Luna- Ariel Ramírez)

Por la blanda arena Pela areia macia
Que lame el mar Que lambe o mar
Su pequeña huella A sua pequena pegada
No vuelve más Não volta mais
Un sendero solo Uma vereda só
De pena y silencio llegó De pena e silêncio chegou
Hasta el agua profunda Até a água profunda
Un sendero solo Um caminho só
De penas mudas llegó De penas mudas chegou
Hasta la espuma Até a espuma

Sabe Dios qué angustia Sabe Deus que angústia
Te acompañó Acompanhou você
Qué dolores viejos Quais dores velhas
Calló tu voz Sua voz calou
Para recostarte Pra deitá-la
Arrullada en el canto Acalentada no canto
De las caracolas marinas Dos caramujos marinhos
La canción que canta A canção que canta
En el fondo oscuro del mar No fundo escuro do mar
La caracola O caramujo

Te vas Alfonsina Você vai embora, Alfonsina
Con tu soledad Com a sua solidão
¿Qué poemas nuevos Que poemas novos
Fuíste a buscar? Você foi procurar?
Una voz antigüa Uma voz antiga
De viento y de sal De vento e de sal
Te requiebra el alma Requebra a sua alma
Y la está llevando E vai levando ela
Y te vas hacia allá E você vai até lá
Como en sueños Como em sonhos
Dormida, Alfonsina Dormida, Alfonsina
Vestida de mar Vestida de mar

Cinco sirenitas Cinco pequenas sereias
Te llevarán Vão te levar
Por caminos de algas Por caminhos de algas
Y de coral E de coral
Y fosforescentes E fosforescentes
Caballos marinos harán Cavalos marinhos farão
Una ronda a tu lado Uma roda do teu lado
Y los habitantes E os habitantes
Del agua van a jugar Da água vão brincar
Pronto a tu lado Logo do teu lado

Bájame la lámpara Diminua a luz
Un poco más Mais um pouco
Déjame que duerma Me deixe dormir
Nodriza, en paz Babá, em paz
Y si llama él E se ele ligar
No le digas nunca que estoy Não fale nunca que estou
Di que me he ido Diga que eu fui embora

Y si llama él E se ele ligar
No le digas nunca que estoy Não diga nunca que estou
Dile que Alfonsina no vuelve Diga que Alfonsina não volta mais

Te vas Alfonsina Você vai embora Alfonsina
Con tu soledad Com a sua solidão
¿Qué poemas nuevos Que poemas novos
Fuíste a buscar? Você foi procurar?
Una voz antigüa Uma voz antiga
De viento y de sal De vento e de sal
Te requiebra el alma Requebra a sua alma
Y la está llevando E a vai levando
Y te vas hacia allá E você vai até lá
Como en sueños Como em sonhos
Dormida, Alfonsina Dormida, Alfonsina
Vestida de mar Vestida de mar

jueves, 5 de agosto de 2010

Al otro lado del río..


Para leer esta entrada en español, hacé CLICK AQUÍ!!


Hoje li que a Angélica conheceu aqui Jorge Drexler e que está curtindo muito ele (adoreeeei saber isso!); e vi que postou várias músicas deste cantor uruguaio no blog dela. Devo reconhecer, a escolha foi muito boa; inclusive, conheci algumas músicas que nunca tinha ouvido! Mas -licença Angel- senti falta duma canção em perticular que é a que vamos ouvir agora.

Essa música é da trilha sonora de Diarios de motocicleta, filme argentino que conta a história da primeira viagem do Che Guevara e Alberto Granados por América do Sul afora. Filme que recomendo muito, por sinal.

Foi por esta música que Drexler ganhou o Oscar à melhor canção e foi na cerimônia dos prêmios que aconteceu uma coisa muito curiosa: como vocês já devem ter visto, faz parte do espetáculo que durante a cerimônia os indicados à melhor canção apresentem sua música ao vivo. Bom, isso costuma ser assim, mas no caso desta música a história foi diferente. Deve ter sido porque o Drexler, para os brilhantes organizadores do Oscar, era apenas um latino desconhecido que ao invés de deixarem ele cantar a sua obra, deram aquele espaço para Carlos Santana no violão e Antonio Banderas na voz interpretarem a canção. Ou acabarem com ela...
Quando finalmente o Jorge Drexler ganhou o prêmio, a invés de agradecer ou dedicar ele, simplesmente cantou a sua versão de Al otro lado del río.

Angel, essa é pra você continuar mergulhando. Rema, rema, rema..

Besos a todos!


Al otro lado del río Do outro lado do rio

Clavo mi remo en el agua Cravo o meu remo na água
llevo tu remo en el mio Levo seu remo no meu
Creo que he visto una luz Acho que vi uma luz
al otro lado del rio Do outro lado do rio
El dia le ira pudiendo O dia vai vencer
poco a poco al frio Aos poucos o frio
Creo que he visto una luz Acho que vi uma luz
al otro lado del rio Do outro lado do rio

Sobre todo, creo que Sobretudo acho que
no todo esta perdido Nem tudo está perdido
Tanta lágrima, tanta lágrima Tanta lágrima, tanta lágrima
y yo soy un vaso vacio E eu sou um copo vazio

Oigo una voz que me llama Ouço uma voz que me chama
casi un suspiro Quase um suspiro
Rema, rema, rema.. Rema, rema, rema..
Rema, rema, rema.. Rema, rema, rema..

En esta orilla del mundo Nesta beira do mundo
lo que nos es presa es baldio O que não é presa é baldio
Creo que he visto una luz Acho que vi uma luz
al otro lado del rio Do outro lado do rio

Yo, muy serio, voy remando Eu, muito sério, continuo a remar
muy adentro sonrío Muito adentro, sorrio
Creo que he visto una luz Acho que vi uma luz
al otro lado del rio Do outro lado do rio

martes, 20 de julio de 2010

Aaaaamigoooooo!!!


Para os que entendem os códigos da verdadeira amizade, FELIZ DIA!!!!


"Uii, capucchinho!
Tá brincando?"

"Por quê?"

"Você pegou a maior"

"E você tivesse feito o quê?"

"Eu pegava a menorzinha"

"Então..aí tá."

lunes, 19 de julio de 2010

A su pesar - Chico Buarque

Para conferir essa postagem em português, CLIQUE AQUI!!

H
ola gente!!!

Estuve pensando: este sistema de entradas, algunas veces en portugués y otras en español, no está muy bueno que digamos para presentar textos e historias, o por lo menos no cumple con mi pretensión de hacer el "puente" entre los idiomas.Entonces para solucionar eso y evitar que cada entrada sea eterna con idioma original y traducción, resolví crear un blog paralelo donde, con sólo un click, podrán ver la traducción de la entrada original.
En fin, este es sólo otro intento de organizar mejor este intercambio de información, ojalá que resulte!

Bien, aclaraciones aparte, vamos a la entrada de hoy:


Mi amiga Angélica, me regaló el libro "Histórias de cançoes - Chico Buarque", de Wagner Homem, que cuenta las historias de algunas de las canciones del compositor carioca. Hay muchas anécdotas y canciones que vale la pena conocer, pero para no perder mi costumbre, voy a esperar que ellas me encuentren para traerlas.

Hoy me topé con "A pesar de você", que me pareció una de las letras más fuertes y de las historias más curiosas.

Durante la última dictadura brasilera, Chico Buarque se auto-exilió a Italia, país donde había pasado 2 años de su infancia. En el año 1970, compuso la siguiente canción:

A pesar de você - A su pesar

Hoje você é quem manda Hoy es usted quien manda
Falou, tá falado Lo dijo, está dicho
Não tem discussão, não. No hay discusión, no.
A minha gente hoje anda Hoy mi gente anda
Falando de lado e olhando pro chão Hablando de costado y mirando al suelo
Viu? ¿Vió?
Você que inventou esse Estado Usted inventó este Estado
Inventou de inventar Inventó inventar
Toda escuridão Toda la oscuridad
Você que inventou o pecado Usted que inventó el pecado
Esqueceu-se de inventar o perdão Se olvidó de inventar el perdón

Apesar de você A su pesar
Amanhã há de ser outro dia Mañana será otro día
Eu pergunto a você onde vai se esconder Yo le pregunto ¿dónde se esconderá
Da enorme euforia? De la enorme euforia?
Como vai proibir ¿Cómo prohibirá
Quando o galo insistir em cantar? Cuando el gallo insista en cantar?
Água nova brotando Agua nueva brotando
E a gente se amando sem parar Y nosotros amándonos sin parar

Quando chegar o momento Cuando ese momento llegue
Esse meu sofrimento Este sufrimiento mío
Vou cobrar com juros, juro! Lo voy a cobrar con intereses, juro!
Todo esse amor reprimido Todo este amor reprimido
Esse grito contido Este grito contenido
Esse samba no escuro Este samba en el oscuro

Você que inventou a tristeza Usted que inventó la tristeza
Ora tenha a fineza Vamos, tenga la delicadeza
De desinventar De des-inventar
Você vai pagar, e é dobrado Usted me pagará, y el doble
Cada lágrima rolada Cada lágrima derramada
Nesse meu penar En éste mi penar

Apesar de você A su pesar
Amanhã há de ser outro dia Mañana será otro día
Ainda pago pra ver Todavía pago para ver
O jardim florescer El jardín florecer
Qual você não queria El que usted no quería

Você vai se amargar Usted se amargará
Vendo o dia raiar Viendo el día amanecer
Sem lhe pedir licença Sin pedirle permiso
E eu vou morrer de rir Y yo moriré de la risa
E esse dia há de vir Ese día llegará
Antes do que você pensa Antes de lo que usted piensa
Apesar de você A su pesar

Apesar de você A su pesar
Amanhã há de ser outro dia Mañana será otro día
Você vai ter que ver Usted tendrá que ver
A manhã renascer La mañana renacer
E esbanjar poesia Y derrochar poesía
Como vai se explicar ¿Cómo se explicará
Vendo o céu clarear, de repente Viendo el cielo clarear, de repente
Impunemente? Impunemente?
Como vai abafar ¿Cómo ahogará
Nosso coro a cantar Nuestro coro cantando
Na sua frente En su cara
Apesar de você A su pesar?

Apesar de você A su pesar
Amanhã há de ser outro dia Mañana será otro día
Você vai se dar mal A usted le irá pésimo

En aquella época las composiciones de Chico difícilmente pasaban el `peine fino´ de la censura. De hecho, el estaba tan seguro de la existencia de una especie de lista negra, que compuso tres canciones bajo los pseudónimo de Julinho da Adelaide, y constató que el problema no eran las canciones en sí ni lo que ellas decía sino que figuraba su nombre como autor. Cuando terminó de componer "A pesar de você", le mostró la nueva composición a su amigo Vinícius de Moraes y, previendo posibles roces con la censura, consultó también al productor y amigo Manuel Barenbein, quien dijo que sólo tendría problemas si los censores percibieran segundas intenciones. Intenciones que, a mi parecer, eran bastante obvias. La gran sorpresa fue que la letra pasó la censura y sin ningún tipo de modificaciones y, una vez grabada, vendió 100 copias en sólo una semana.Todo bien, hasta que una nota publicada en un diario de Río de Janeiro insinuó que en realidad, el "Usted" de la canción se refería al entonces presidente Médici. Por supuesto, Chico ya tenía listo un argumento en caso de que le preguntaran y cínicamente dijo que la letra hablaba de una mujer muy mandona. Obviamente, esta vez la explicación no pasó el peine fino y la policía recogió los discos de las tiendas, secuestró el stock de fábricas, prohibió la ejecución en radios y, de paso, castigó al censor que dejó pasar una falta de respeto tan grande al gobierno.

viernes, 9 de julio de 2010

El tiempo

Recomendo muito. Música e letra.

Besos!



Lo que el tiempo me enseñó - O que o tempo me ensinou
Tabaré Cardozo

El tiempo me enseñó que con los años O tempo me ensinou que com os anos
Se aprende menos de lo que se ignora A gente aprende menos do que a gente ignora
El tiempo que es un viejo traicionero O tempo é um velho traiçoeiro
Te enseña cuando ya llego la hora Te ensina quando já chegou a hora
El tiempo me enseñó como se pudo O tempo me ensinou como deu
En la universidad arrabalera Na universidade das ruas
Con la verdad prendida en una esquina Com a verdade presa numa esquina
Igual que un farolito en la vereda Que nem farolzinho na calçada

El tiempo me enseño que los amigos O tempo me ensinou que os amigos
Se cuentan con los dedos de una mano A gente conta nos dedos duma mão só
Por eso debe ser que no los cuento Deve ser por isso que eu não conto
Para pensar que tengo mil hermanos Pra achar que eu tenho mil irmãos
El tiempo me enseño que los traidores O tempo me ensionou que os traiçoeiros
Se sientan en la mesa a tu costado Sentam na mesa do lado
Y el hombre que te da la puñalada E que o homem que te dá a facada
Comparte el pan con esas mismas manos Divide o pão com as mesmas mãos

Porque no tengo nada que me sobre Porque eu não tenho nada a mais
Por eso es que yo digo que soy rico Por isso é que eu digo que sou rico
Porque prefiero ser un tipo pobre Porque prefiro ser um cara pobre
A ser alguna vez un pobre tipo Antes do que ser alguma vez um pobre cara

El tiempo me enseño que las banderas O tempo me ensinou que as bandeiras
Son palos con girones que flamean São paus com retalhos que ondeiam
Y el mapa es un papel que se reparten E o mapa é um papel que se repartem
Los Reyes mientras los hombres pelean Os Réis enquanto os homens batalham

El tiempo me enseño que la miseria O tempo me ensinou que a miséria
Es culpa de los hombres miserables É culpa dos homens miseráveis
Que la justicia tarde nunca llega Que a justiça nunca chega tarde
Pero es la pesadilla del culpable Porém é o pesadelo do culpado

El tiempo me enseño que la memoria O tempo me ensinou que a memória
No es menos poderosa que el olvido Nem é menos poderosa do que o esquecimento
Es sólo que el poder de la victoria Só que o poder da vitória
Se encarga de olvidar a los vencidos Se encarrega de esquecer aos vencidos
El tiempo me enseño que los valientes O tempo me ensinou que os corajosos
Escribirán la historia con su sangre Vão escrever a história com o próprio sangue
Pero la historia escrita de los libros Porém a história escrita nos livros
Se escribe con la pluma del cobarde Se escreve com a caneta do covarde

El tiempo me enseño que desconfiara O tempo me ensinou que desconfiasse
De lo que el tiempo mismo me ha enseñado Do que o próprio tempo me ensinou
Por eso a veces tengo la esperanza Por isso às vezes tenho a esperança
Que el tiempo pueda estar equivocado De que o tempo possa estar errado

viernes, 25 de junio de 2010

Vê se me erra!

Esa letra es lo más! Díganme si no hay gente así..

Buen finde!!!!

Besos



Vê se me erra - A ver si me errás
Zeca Pagodinho

Vê se te manca A ver si te dás cuenta
E vai baixar Y te vas
Noutro terreiro A otro lado
Toda vez que tu me encontras Siempre que me encontrás
É prá me pedir dinheiro Es para pedirme dinero
Já está manjado Ya es conocido
O teu jogo de caipira Tu juego de pueblerino
Coloca outro mané Colocá a otro, hermano
Na tua alça de mira En el blanco de tu mira

Sempre sou seu alvo certo Siempre soy tublanco seguro
Quando o tempo é de guerra Cuando eltiempo es de guerra
Acerta outro mané Acertale a otro,hermano
Vê se me erra A ver si me errás.

Me chamou de conterrâneo Me llamaste de coterráneo
E eu nem sou da sua terra Y yo no soy de tu tierra
Acerta outro mané Acertale a otro, hermano
Vê se me erra A ver si me errás

Quanto mais eu me escondo Cuanto más me escondo
O meu nome você berra Más berrás mi nombre
Acerta outro mané Acertale a otro, hermano
Vê se me erra A ver si me errás

Desse jeito eu não aguento De esta manera no te aguanto
É só a mim que você ferra Sólo a mí me molestás
Acerta outro mané Acertale a otro, hermano
Vê se me erra A ver si me errás

Vê se te manca! ¡A ver si te das cuenta!
(Repete tudo) (Repite todo)

Foi expulso lá do alto Lo expulsaron de lo alto
E foi morar no pé da serra Y se fue a vivir al pie de la sierra
Acerta outro mané Acertale a otro, hermano
Vê se me erra A ver si me errás

Vamos evitar conflito Evitemos conflicto
Que bom cabrito não berra Que buen cabrito no berra
Acerta outro mané Acertale a otro, hermano
Vê se me erra A ver si me errás

Deixa o passado prá trás Dejá el pasado atrás
Paz é paz Paz es paz
E guerra é guerra Y guerra es guerra
Acerta outro mané Acertale a otro, hermano
Vê se me erra A ver si me errás

Tromba de elefante Trompa de elefante
Não é conta-gota No es cuenta-gotas
Nem perna de barata é serra Ni pata de cucaracha es sierra
Acerta outro mané Acertale a otro, hermano
Vê se me erra A ver si me errás